De acordo com o site da Wikipédia bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo. Podemos chama-los então de assédios escolares.
Esses assédios podem ser diretos – agressões físicas ou indiretos – isolamento social, comentários maldosos, ridicularização do modo de vestir, das incapacidades, da religião, da etnia, etc.
O que leva uma pessoa a agir assim?
O comportamento dos alunos na escola, normalmente, é reflexo da realidade vivenciada na família e/ou comunidade. As manifestações de indisciplina, muitas vezes, podem ser vistas como uma maneira de mostrar sua existência, tomando a rebeldia como uma forma de expressão.
Nota-se os assédios diretos e indiretos aplicados aos professores também, o que torna difícil a relação de respeito e reciprocidade com a turma em questão. A metodologia de ensino do professor é muito importante para prender a atenção de seus alunos. O mesmo deve tornar a aula interessante, motivadora e atrativa, porém, mesmo assim, essas atitudes não são suficientes para mudar o comportamento dos alunos. A situação vivenciada por cada aluno do lado de fora da escola é fator determinante para suas atitudes dentro dela.
É difícil de acreditar, mas ainda está ao nosso alcance, como educadores, mudar a cultura perversa da humilhação e perseguição na escola, insistindo... desenvolvendo trabalhos que envolvam a socialização de todos os indivíduos, de acordo com os casos e situações expostas em sala de aula.
A seguir duas reportagens que ilustram um pouco dessa dura realidade...
TIMÓTEO - A denúncia de que um estudante levou para a sala de aula uma arma de fogo foi confirmada pelo delegado Gilmaro Alves. A notícia foi veiculada pela reportagem do DP no início do mês de junho, inclusive o pai do adolescente entregou a arma espontaneamente à policia investigativa depois que o fato veio a público. A garrucha calibre 22, com potencial para dois projéteis, foi entregue descarregada.
Gilmaro informou que após a entrega da arma foi instaurado um inquérito. Algumas pessoas foram ouvidas informalmente. Mas, até sexta-feira ele espera ouvir seis pessoas arroladas no caso.
"Precisamos saber se a arma entregue é a mesma que foi levada para a escola. A princípio, temos o crime de posse ilegal de arma e a omissão de cautela do pai. Ele deixou próximo ao menor a arma de fogo", explicou o delegado.
Fonte: Diário Popular
Dois adolescentes de 16 anos estão amedrontando os alunos da Escola Municipal Ápio Cardoso, no bairro Nova Contagem, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A situação ficou ainda mais conturbada ontem, quando um dos adolescentes colocou a cabeça de um outro aluno de 12 anos dentro do vaso sanitário.
De acordo com a mãe do menino que sofreu a agressão, a dona de casa Denise da Silva, de 37 anos, o filho contou que a agressão aconteceu porque o aluno havia pegado a pipa do adolescente. Segundo ela, o menino estava chorando muito quando chegou em casa e se dizendo constrangido. "Ele chorava muito e me disse que não queria sair do banheiro porque os coleguinhas estavam o chamando de cara de privada", contou a mãe do aluno, que fez um boletim de ocorrência registrando a queixa contra os agressores.
O adolescente e um amigo dele já tinham um histórico de agressões com outros estudantes. A mãe de outro aluno de 15 anos contou que o filho levou vários tapas na cara dos adolescentes. "Eles bateram porque ele é gordinho, chamam ele de loiro burro e o perseguem na escola", disse a dona de casa Kátia Barbosa, de 32 anos. Na escola, alunos atrasados de idades muito diferentes estudam na mesma sala.
De acordo com as mães dos alunos, os adolescentes têm envolvimento com drogas e cometem agressões a outros estudantes frequentemente. As mães contaram que já procuraram a direção da escola várias vezes, mas que nenhuma providência foi tomada. "Tem dias que meu filho não quer ir à escola por ficar constrangido com o tratamento que recebe desses estudantes", contou Denise.
A Secretária Municipal de Educação de Contagem informou que os adolescentes devem ser transferidos para o turno da noite, porém a escola aguarda a autorização dos pais dos alunos.
Prefeitura
A Prefeitura de Contagem informou por meio de nota que vai acompanhar as agressões dos alunos e tomar as providências cabíveis. O adolescente que cometeu a agressão ontem foi suspenso por dois dias. (NO)
Fonte: O Tempo
Abraços,
T@ti